Regritas de Acesso

  • Não terás remorso
  • Não ameaçarás (em público)
  • Revelarás
  • Ruminarás
  • Regurgitarás
  • E cuspirá no primeiro que passar

27.9.07

“O Som da Música...”


Em 1965 eu ainda não tinha nascido. Aliás, meus pais ainda não tinham nem se conhecido. Aliás, meus pais ainda estavam no colégio. Aliás, eu só fui aparecer muitos e muitos (e muitos e muitos e muitos) anos depois. Mas em 1965 foi lançado o musical The Sound of Music. No Brasil, ele ficou conhecido como “A Noviça Rebelde”, com Julie Andrews e Christopher Plummer. O musical trazia todos os elementos da breguiçe. Era piegas, com musiquinhas fáceis, órfãos de mãe, uma baba perfeita e um pai malvado. Ok. Daí o filme ganhou 5 Oscars e correu o mundo. Não tá entendendo esse assunto? Então eu explico. Minha infância foi povoada pela noviça rebelde. Minha mãe era fanática pelo filme e sozinha já deve ter assistido umas 80 vezes (sem exagero). Ela é fã n.º 1 da Julie Andrews. Daí, quando eu nasci a minha mãe tinha certeza que eu ia ser cantora e por isso me colocava na frente da TV pra assistir a “fita” do filme toda semana. Foi uma verdadeira lavagem cerebral. Como foram muitas vezes, eu acabei decorando todas as musiquinhas fáceis. Do-Re-Mi, Edelweiss, My favorite things... todas elas... e eu ainda chorava muito quando a Julie Andrews era humilhada pela noiva malvada (mas chique) do Capitão Von Trapp... Anos depois eu enterrei o filme e tinha vergonha dele, tirei de vez aquela cantoria da minha cabeça... maaaas como o mundo dá voltas, hoje eu me vejo me apaixonando dinovo... comprei o DVD, gravei as musiquinhas e saio correndo de braços abertos na sala da minha casa cantando: “The hills are alive.... with the sound of music.” Será muito Prozac?

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