Regras
Início desta história
Tudo corria bem (um braço ali, eu aqui) até que uma noite, após um jogo do Corinthians, Edson surgiu acompanhado de um amigo. "Pereba", era seu apelido. Também dono de braços fortes, trazia uma tatuagem idêntica à de Edson. E os dois, digamos, pareciam mais do que amigos. Mais do que confidentes. Mais do que irmãos. Era uma relação... de muito afeto.
Fui aos poucos notando que o Edson se transformava quando estava acompanhado do Pereba. Sozinho ele era quieto, simpático, até um pouco tímido. Já com o Pereba ficava todo seguro de si, falador, mexia com a mulherada que passava na rua, chamava a pedestre de "lá em casa", dava uma piscadinha quando eu passava o pano na mesa. Havia o Edson A.P. (antes do Pereba) e o Edson D.P.(depois do Pereba).
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2 comentários:
Já no fim do meu turno, aproxidamente 3 horas da manhã, esbarrei com o Edson na porta do banheiro. Mesmo tendo espaço de sobra para passagem de ambos, o Edson me apertou contra a parede e pressionou o seu corpo contra o meu. Me olhou nos olhos e perguntou:
"O que você acha do Pereba?". Fiquei sem reação por alguns momentos. Em que sentido? pensei. "Acho o Pereba uma pessoa... digamos, animada". "Gente do bem" respondeu Edson, me apertando ainda mais. Já não sabia se aquele aperto era uma cantada ou repreensão.
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