Eu e o Talharim

Estou em um hotel no meio da praia de Copacabana. Já sai, fiz a unha, jurei que ia na seqüência tomar água de coco olhando pro mar, mas voltei pro hotel e liguei o laptop. Váááários emails para serem respondidos, prazos e mais prazos, enfim, sexta-feira agitada. Pedi um talharim à parisiense no quarto mesmo, pena que estava uma boxta. Comi três ou quatro garfadas, olhei pra barriga, larguei o prato. Não valia a pena. Fui ao banheiro, tomei um banho, voltei ao laptop e vi que a bandeja com a boxta estava lá, na mesinha de canto. Dei mais umas cinco garfadas (tava morninho ainda), vi que tinha muito presunto (vixe, engooorda), larguei e liguei a TV. Assisti o jornal nacional, mas notícia ruim me dá deprê, e deprê combina com chocolate, mas só tinha o talharim, então mandei ver mais umas três garfadas. Resolvi ligar para o serviço de quarto e pedi que viessem retirar a bandeja. 15 minutos e mais quatro garfadas depois o rapaz tocou a campanhia do quarto. Fingi que não ouvi. Poxa, ainda tinha mais umas três garfadas ali dando sopa, poxa. Ele insitiu, então eu corri pra mesa de canto, dei as três garfadas finales em um tacada só e fui com a bandeja em direção à porta. No caminho, ainda tive tempo para dar umas lambidinhas no molho que sobrou no fundo do prato.